sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Da para refletir






Muitas vezes nos surpreendemos com as pessoas, muitas vezes para o mal e muitas vezes para o bem, recebi este texto de uma colega que pediu para nao se identificar e achei interessante compartilhar.






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Para minha tristeza ontem tive a certeza de que a paciência está esgotada e que ninguém mais ao nosso lado consegue nos ouvir sem julgar, na verdade as pessoas não se permitem mais ouvir. Elas usam da nossa imagem ou de atos passados, pensam que nos conhecem e tiram suas próprias conclusões.


O que mais me magoou foi ver a raiva nos olhos das pessoas e até dedos na cara de outras que tantas vezes foram fieis e nos ajudaram.




Ninguém é melhor que ninguém. Isso é provado pelo fato de quem errou ter errado e quem seria "certo" não ter compreendido o erro, pelo contrario, se revestiu de razão e colocou as coisas da maneira mais errada possível.




Um dia ouvi uma história dos pregos no poste. Contava a vida de um fazendeiro e de seu filho. O pai era homem correto e o filho alguém que não se permitia ouvir e se corrigir, então um dia o pai fez um acordo com ele, que cada vez que ele errasse o pai colocaria pregos em um poste. Com passar do tempo se percebeu o quanto o poste tinha pregos, o filho entristecido resolveu mudar, e como, na medida em que corrigia seus erros, o pai tirava os pregos do poste, porém os buracos ainda ficavam comprovando e lembrando tudo o que um dia decidiu esquecer.




As pessoas sabem falar de sabedoria e de perdão com muita facilidade, mas não entendem o quanto podem marcar a vida de outras falando coisas para aliviar seus erros.




Não quero me mostrar melhor nem pior que ninguém, só gostaria de abrir os olhos de quem a injustiça tomou. Posso estar sendo como o pai de classe social alta que mostra para o filho o quanto a pobreza pode ser triste, porém pela resposta da criança quem aprende é o pai. Olhem o que ele disse depois que ouviu a pergunta "o que você aprendeu?".




"Vi que nós temos cachorro em nossa casa, e eles tem quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, e eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, e eles possuem as estrelas e a lua. Nosso quintal vai até o portão de entrada, eles tem uma floresta inteira. Obrigado pai por me mostrar quão pobres nós somos".




Notei ontem quão pobres de espíritos podemos ser. Não nos permitirmos ouvir. Não pensamos em outra coisa a não ser encontrar um culpado. Uns falaram demais enquanto outros nem conseguiram se defender. Quem nunca errou?




O melhor hoje é pedirmos desculpas como o cara que sentasse em um banco de praça com seu pacote de bolachas e abre um livro. Totalmente disperso nota que senta ao seu lado uma senhora. Depois de páginas viradas em seu livro ele nota que ela come bolachas e acha aquilo um desaforo. "Como pode ela sentar-se ao seu lado e comer suas bolachas?" Para não ser indelicado, ele rapidamente começa a encher as mãos e comer junto, caso contrario não sobraria nada. Depois de a senhora sair ele levanta-se e nota que todo o tempo sua bolacha estava em seu colo.




Falei tanto porque quero vocês como amigos nem demais e nem de menos. Nem tão longe e nem tão perto, na medida precisa que eu puder. Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida, da maneira mais discreta que eu puder. Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar, sem forçar tua vontade. Não quero falar quando for para calar e nem calar quando for a hora de falar. É bonito ser amigo, mas confesso que é difícil aprender, e por isso te suplico paciência. Vou encher teu rosto de lembranças, dá-me tempo de acertar nossas distancias!


Não quero ser amigo "cometa" que passam e depois desaparece, quero ser estrela para ficar com vocês pra sempre, mas me digam se são capazes.


Se és capaz de manter a tua calma quando todo mundo ao redor já perdeu e te culpa. De crer em ti quando estão duvidando e para esses achar uma desculpa. Se és capaz de esperar sem te desesperares ou enganado não mentir ao mentiroso, ou sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares. E não parecer bom demais nem pretensioso. Se é capaz de pensar sem que isso só atires, de sonhar sem fazer dos teus sonhos sonhadores. Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires, tratar da mesma forma a esses dois impostores. Se é capaz de ver a dor de ver mudadas em armadilhas as verdades que dissestes, e as coisas, por que desta a vida, estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste.


Se és capaz de arriscar numa única parada tudo quanto ganhastes na tua vida. E perder, e ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida. A dar seja o que for que neles ainda existe, e a persistir assim quando, exaustos, contudo resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!". Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes e entre reis não perder a naturalidade. E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes. Se a todos pode ser de alguma utilidade. Se és capaz de dar, segundo por segundo, ao minuto fatal todo o valor e o brilho. Tua é a terra com tudo o que existe no mundo. E o que é mais- tu será um homem.


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Espero que possam tirar o mesmo proveito que eu...




Att




André Souza



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